Fernandão
Grandes títulos eternizam jogadores na história de um clube, não resta dúvida. Mas, por si só, eles não são o bastante para consagrar ídolos. Fernandão comprova isto.
Nascido em 18 de março de 1978, Fernando Lúcio da Costa estava predestinado a trilhar um caminho sem precedentes na história do Internacional. Nosso Eterno Capitão não se perpetuou por levantar o troféu no Japão, ou por bater Ceni quando este deixou a bola escapar de sua mão. Pelo contrário, se viveu todos estes momentos foi porque encarou cada segundo com o manto vermelho com a seriedade que só os grandes têm. Sempre se doou ao máximo, e quando nele chegava, percebia que podia dar mais um pouquinho. Era um gigante, como o Beira-Rio.
Ao longo de quatro anos, Fernandão construiu trajetória de 77 gols em 190 jogos, recheada de títulos e marcada por enorme protagnismo. Logo em sua estreia, o goiano marcou o Gol Mil dos Gre-Nais, o segundo de clássico vencido pelo Inter por 2 a 0. Em breve veio a primeira taça, do Gauchão, Campeonato que voltaria a conquistar em 2008, ano marcado, também, por Copa Dubai. Na temporada anterior, participou da conquista da Recopa, enquanto, em 2006, chegou ao auge vestindo vermelho ao capitanear as inesquecíveis esquadras vencedoras de Libertadores e Mundial.
Um verdadeiro colorado, sempre disposto a sujar sua camisa de barro e sangue para tornar o vermelho mais vibrante, forte, ainda atuou como dirigente colorado, em 2011, e técnico, na temporada seguinte. No dia 7 de junho de 2014, o Eterno Capitão colorado faleceu, deixando órfãos milhões que acompanharam cada passo de sua história no Clube do Povo. Desde então, seguimos, daqui, venerando sua rica biografia, com a certeza de que, onde estiver, Fernandão estará torcendo por nós.