Uma noite que demorou 97 anos para chegar e, desde então, jamais acabou. Data em que libertamos o grito continental que há tanto teimava em engasgar nossas gargantas. Feliz a América, que encontrou em nosso camisa 9 o melhor capitão de sua história. Feliz, também, o povo vermelho, que a partir do Gigante coloriu todo o continente em alvirrubro. Há 14 anos, vivíamos o Dia Sem Fim. Relembre a campanha colorada na Libertadores de 2006!
Para pegar ritmo
Era grande a expectativa da torcida alvirrubra em relação ao retorno do Inter à Libertadores. Afastado do principal torneio de clubes do continente desde 1993, o Colorado precisaria superar, além da aparente inexperiência na competição, o pessimismo deixado pelo frustrante desempenho de sua última participação, quando foi eliminado nos grupos. Na busca por grandes resultados, todavia, também sobravam motivos para o otimismo.
Dentro de campo, o Inter fizera por merecer o título do Brasileirão de 2005. Além disso, o elenco somava duas participações de destaque nas últimas edições da Sul-Americana. Em 2004, o Colorado chegou a eliminar o Júnior de Barranquilla, nas quartas, e somente foi eliminado, nas semis, para o campeão Boca.
Um ano depois, o Clube do Povo sucumbiria, uma vez mais, para o time xeneize, desta vez lutando por vaga entre as quatro melhores equipes do continente. Cascudos em nível continental, portanto, e embalados por grande fase nacional, os comandados de Abel Braga chegaram ao grupo 6 da Libertadores da América.
Inter e Boca travaram grandes duelos na primeira década do século passado/Foto: Marcelo Campos
O Colorado estreou na Libertadores de 2006 no dia 16 de fevereiro. Diante de 35 mil pessoas, o Clube do Povo enfrentou o Maracaibo, da Venezuela, fora de casa. Ceará, aos três minutos do segundo tempo, abriu o placar em bonito chute da entrada da área. O gol do lateral-direito, inclusive, criaria, em breve, superstição ímpar entre a Maior e Melhor Torcida do Rio Grande. O tento, contudo, não foi o único da noite: já nos últimos instantes, Maldonado empatou para os locais e impediu o triunfo alvirrubro.
A vitória que escapou na estreia chegou na semana seguinte. Apoiado por um Beira-Rio lotado, o Inter deu show para atropelar o Nacional-URU, tricampeão da Libertadores, por 3 a 0. Michel e Fernandão, ainda no primeiro tempo, garantiram boa vantagem para o intervalo, resultado que foi ampliado, já nos últimos minutos da etapa final, por Rubens Cardoso.
Abrindo o mês de março, no dia 8 o Inter viajou até a Cidade do México para encarar o Pumas. Como de costume naquele início de campanha continental, as redes balançaram minutos antes dos 45 – desta vez, da primeira etapa. López, de cabeça, garantiu vitória parcial do time da casa antes do intervalo. Na volta dos vestiários, porém, Rentería mudou radicalmente o cenário da partida e, com um gol e uma assistência, para Fernandão, garantiu o posto de protagonista do confronto. Por 2 a 1, o Clube do Povo vencia e mantinha a liderança do grupo.
Invencibilidade nos grupos
A partida mais emocionante do Inter na fase de grupos ocorreu na noite do dia 22 de março. Tomado por mais de 42 mil pessoas, o Beira-Rio, como de costume, fez a diferença, e brilhou na histórica virada sobre o Pumas. A importância da torcida no triunfo fica clara na súmula da partida, afinal de contas, aos 34 do primeiro tempo o Clube do Povo perdia por 2 a 0.
Fernandão comemora o segundo gol colorado na noite/Foto: Jefferson Bernardes
“Foi fantástico. Ninguém arredou o pé, ninguém parou de incentivar. Os jogadores se sentiram orgulhosos de fazer parte deste clube. O torcedor sentiu que o resultado era injusto e incentivou o tempo todo. Sofremos, mas tivemos a competência necessária para virar o resultado”
Foto: Jefferson Bernardes
Time e torcida, juntos, festejaram a inesquecível noite 22 de março
Contínuo ao segundo gol dos mexicanos, a torcida respondeu com cantoria ainda mais intensa para o time colorado. Sob tamanho apoio, o Inter descontou, logo aos 36, com Michel, em gol brigado, batalhado e com a cara da Libertadores. Na etapa final, Tinga descolou, aos 7, desarme magnífico, e lançou, na direita, o autor do primeiro tento vermelho. Rasteiro, ele cruzou para Fernandão, que tirou proveito da falha do goleiro para empatar. A virada, merecida, chegou aos 30. Gabiru, recebendo assistência de cabeça do Eterno Capitão, fez explodir, também com a nuca, mas de peixinho, as estruturas do Gigante.
Data em que comemorou 97 anos de vida, no dia 4 de abril de 2006 o Clube do Povo visitou o Nacional, em Montevidéu. Desfalcado de alguns nomes, incluindo Fernandão, o Colorado segurou positivo empate sem gols no Parque Central, resultado que garantiu a manutenção da liderança, agora com 11 pontos, e praticamente assegurou vaga na fase de oitavas de final da América.
Finalizando a fase de grupos, o Inter recebeu, no 18º dia de abril, o Maracaibo. Escalado com novidades, a exemplo de Jorge Wagner, que retomou a titularidade na lateral-esquerda, e Rafael Sobis, devidamente recuperado de lesão, o time de Abel Braga não deu chance aos visitantes. Após Adriano Gabiru marcar o único gol da etapa inicial, Bolívar, Michel e Rentería transformaram a vitória em goleada. Em grande estilo, portanto, o Clube do Povo, dono da segunda melhor campanha da Libertadores, avançou, invicto e com 14 pontos, às oitavas.
Velho conhecido, novo final
Atualmente, os confrontos de oitavas de final da Libertadores são decididos através de sorteio. Em 2006, a lógica era outra. À época, a fase era disputada entre os melhores líderes contra os segundo colocados de pior campanha.
Segundo melhor time da fase de grupos, o Inter, que avançou como líder da chave 6, enfrentou nas oitavas, atendendo ao regulamento, o penúltimo segundo colocado. Curiosamente, o adversário foi o Nacional-URU, time mais do que conhecido. Apesar do positivo retrospecto recente para o Alvirrubro, todavia, o rival despertava grande receio na torcida vermelha
Desbravador gaúcho na Libertadores, o Clube do Povo disputara, exatamente contra o ‘Bolso’, a decisão do torneio em 1980. Derrotado na ocasião, o Colorado encarava, 26 anos depois, excelente oportunidade de vingar o revés passado e superar o fantasma charrua que pairava sobre as caminhadas continentais do escrete oriundo da Padre Cacique.
Iniciada em território uruguaio, a fase de oitavas de final viu brilhar Rentería. Mais colombiano dos sacis, o atacante, que já construíra excelente trajetória na fase de grupos do torneio, foi o grande nome do duelo disputado no Parque Central. Após um primeiro tempo de boas chances para os dois lados, encerrado com o 1 a 1 no placar, empate alcançado pelo Inter já nos instantes finais graças a precisa falta de Jorge Wagner, o dançarino Wason foi alçado a campo, logo no retorno dos vestiários, na vaga de Rafael Sobis. Talismã, precisou de apenas 18 minutos para virar, e o fez com estilo: acionado por Fernandão, aplicou, com a direita, um balãozinho no marcador e, sem deixar a bola cair, soltou um canhotaço, que encobriu o arqueiro Bava. Festejada, a vitória por 2 a 1, somada a empate sem gols na volta, no Beira-Rio, classificou o Inter para as quartas de final!
Uma fase, dois meses
O Clube do Povo teve uma semana de folga entre a classificação para as quartas e a abertura do duelo contra a LDU. Em Quito, capital equatoriana, os comandados de Abel Braga saíram na frente com gol de Jorge Wagner. Na etapa final, porém, a altitude de quase 3.000 metros fez a diferença. Benéfica ao time da casa, desgastou o Colorado e garantiu a virada dos locais. No Beira-Rio seria preciso, no mínimo, vencer por 1 a 0. Difícil, o desafio ficou ainda maior somado à ansiedade que precisaria ser superada, consequência dos mais de dois meses que separavam o revés na ida do embate de volta.
A América estava prestes a ser liberta/Fotos: Jefferson Bernardes
Dia 19 de julho de 2006. Após meses de fé, mobilização e treinos intensos, o Gigante, lotado, sediou a disputa dos últimos 90 minutos por vaga nas semifinais continentais. Obrigado a vencer, o Inter até criou boas oportunidades, mas foi incapaz de vazar as redes rivais no primeiro tempo. De volta do intervalo, porém, o ritmo colorado foi amplificado. Prova da intensidade? O primeiro gol, de Sobis, aos 6. Rentería, já aos 41, ampliou. Clemer, nos acréscimos, brilhou. Estávamos entre os quatro melhores das Américas!
Depois de 26 anos, a final
No Clube do Povo, os anos 1980 não ficaram conhecidos como ‘década de prata’ por acaso. Acostumado ao gosto do ouro, recorrente no início da era Beira-Rio, o Inter sofreu com frequentes batidas na trave, ocorridas também em âmbito continental.
Avassaladora, a campanha alvirrubra na Libertadores de 2006 ofereceu ao Colorado, nas oitavas, a primeira oportunidade de superar um trauma passado. Nas semifinais, surgiu a segunda. Desta vez, contra um adversário distinto, mas dentro de roteiro idêntico.
Em 1989, o Colorado perdera a vaga na decisão continental para os alvinegros paraguaios do Olímpia. Traumático, o episódio retornou à memória da torcida vermelha 17 anos depois. Para chegar à final de 2006 o Inter teria de superar, nas semis, o Libertad. Rival também do Paraguai, também preto e branco e também mandante, na partida de ida, no Defensores del Chaco.
Fora de casa, o Clube do Povo empatou sem gols. No Gigante, 50 mil pessoas empurraram escalação decidida a entrar para a história. Os protagonistas do time, naquela noite, foram Alex e Fernandão, que brilharam em nova etapa final decisiva. Pela segunda vez na história, o gigante da Padre Cacique era finalista da Libertadores.
Foto: Jefferson Bernardes
Foto: Jefferson Bernardes
Uma semana sem fim
Morumbi lotado. Inter, de grande campanha no Brasileirão passado, contra São Paulo, vencedor do último Mundial de Clubes. Duelo gigante, entre os dois atuais líderes do Campeonato Nacional. A final de 2006 foi, sem sombra de dúvidas, uma das maiores da história do principal torneio de clubes da América.
Ídolo: Rafael Augusto Sobis, um gigante na rica história do Internacional
Ex-zagueiro colorado, campeão da Libertadores e do Mundial em 2006, o defensor Ediglê concedeu, na início da noite da última sexta-feira (05/06), entrevista exclusiva para o Programa do Inter, da Rádio Colorada. A íntegra da conversa, que revelou diversos bastidores de uma das maiores gerações da história do Internacional, pode ser conferida tanto abaixo quanto nos perfis do Clube do Povo em Soundcloud e Spotify!
Ediglê comemora, com Rubens Cardoso, a conquista da América/Foto: Jefferson Bernardes
De segunda a sexta, a partir das 18h, a Rádio Colorada apresenta o ‘Programa do Inter’, exibição que traz todas as atualizações sobre o dia a dia do Clube do Povo. Feito de torcedor(a) para torcedor(a), o Programa pode ser acompanhado através do APP oficial do Clube do Povo.
RBS TV transmite final neste domingo (24/5) Foto: Jefferson Bernardes
O Internacional é o maior time da América! O time alvirrubro conquistou o título da Libertadores após empate dramático por 2 a 2 com o São Paulo na noite desta quarta-feira (16/8), no Beira-Rio. Os gols do Clube do Povo foram marcados por Fernandão e Tinga, enquanto Fabão e Lenílson descontaram para os paulistas. O Inter ainda jogou os últimos 27 minutos com um jogador a menos porque Tinga foi expulso. Campeão, o Colorado agora se prepara para a disputa do Mundial Interclubes, em dezembro deste ano, no Japão.
Pré-jogo especial!
O ambiente antes da partida já demonstrava toda tensão e emoção que aguardavam a Maior e Melhor Torcida do Rio Grande. Completamente mobilizada depois de triunfo por 2 a 1 na partida de ida, disputada no Morumbi, o povo colorado chegou cedo ao Gigante. Tamanha movimentação criou filas quilométricas, que se alongavam por todo o Complexo Beira-Rio horas antes de o duelo ser iniciado. No momento em que o ônibus que trouxe a delegação adentrou às dependências do Estádio, a massa correu em direção aos atletas, saudando cada um com gritos de apoio.
Isso vai marcar todos os jogadores,
todo mundo vai lembrar de nós!
Nos mostraram as imagens do pessoal
que ficou na fila durante dias e isso
nos sensibilizou muito, nos motivou!
Fernandão
Fotos: Jefferson Bernardes
No momento da entrada do time colorado em campo, um Beira-Rio completamente lotado saudou os heróis da noite, oferecendo grande manifestação de apoio e fé na conquista. Emoldurado por sinalizadores e foguetes, o Gigante rugia em uma só voz, empurrando o Clube do Povo ao som dos clássicos ‘Vamo, Vamo, Inter’ e ‘Nada vai nos Separar’, hinos desta campanha. Dentro de campo, os jogadores certamente eram contagiados por toda a energia positiva oriunda das arquibancadas.
Foto: Jefferson Bernardes
Expulso na partida de ida, o volante Fabinho foi o único desfalque do técnico Abel Braga para a partida desta quarta-feira. A alternativa encontada pelo comandante foi alçar Índio ao time titular, armando a equipe em um 3-5-2. No gol, como de costume, esteve Clemer, protegido pelo trio de zagueiros formado por Índio, pela direita, Bolívar, no centro, e Fabiano Eller, na esquerda. A ala direita ficou a cargo de Ceará, enquanto Jorge Wagner fez a esquerda. Por dentro, os volantes Edinho e Tinga ofereceram o apoio necessário ao meia Alex. Completando o time, Sobis e Fernandão formaram a dupla de ataque.
Foto: Jefferson Bernardes
De sua parte, o São Paulo foi a campo sem Ricardo Oliveira, negociado, e Josué, que também recebeu o vermelho no Morumbi. Às ausências, Muricy Ramalho respondeu escalando: Rogério Ceni; Fabão, Lugano e Edcarlos; Souza, Mineiro, Richarlyson, Danilo e Júnior; Aloísio e Leandro.
Primeiro tempo de dois momentos
Em linhas gerais, a etapa inicial seguiu a cartilha esperado para uma partida decisiva. Foi intensa a marcação imposta pelos dois times aos ataques adversários, característica que teve como consequência a profusão de faltas e passes errados. Apenas nos primeiros minutos, verdade seja dita, existiu um predomínio paulista, condição até já esperada, fruto da desvantagem visitante no placar agregado.
“Fizemos o que tinha de ser feito:
corremos como se tivéssemos
perdido no Morumbi.
Esquecemos da vantagem e fomos
com a mesma garra que temos
jogado em todos as partidas.”
Jorge Wagner
Bem postado, o Inter segurou a pressão visitante e escapou sem sofrer maiores sustos, assumindo as rédeas da partida assim que completado o primeiro terço de jogo. Efetivo, o Clube do Povo abriu o placar aos 29 com Fernandão, aproveitando confusão da zaga tricolor, causada por cruzamento venenoso de Jorge Wagner. À frente no marcador, o Colorado administrou o resultado até o intervalo, ainda levando perigo em boas escapadas.
De tirar o fôlego
Fotos: Jefferson Bernardes
O segundo tempo foi dramático e impróprio para cardíacos. Afinal de contas, correspondeu aos últimos 45 minutos restantes para qualquer equipe buscar o título. Ofensivo desde o soar do apito inicial, o São Paulo não cessou o ritmo nem mesmo com o empate, que chegou aos 5. Já o Inter, sempre abraçado por quase 60 mil vozes, conseguiu suportar os momentos mais difíceis e retomar a dianteira com Tinga, no início da metade final da partida.
Na comemoração, contudo, o camisa 7 colorado foi expulso e deixou o Clube do Povo com um a menos, abrindo, de uma vez por todas, o apoteótico capítulo de união entre time e torcida. É bem verdade que os visitantes marcaram seu segundo tento, mas não passaram disso. Aos pontuais 48 minutos, Horacio Elizondo apontou para o centro de campo e oficializou, de uma vez por todas, que a América estava livre. Livre, e colorida em vermelho e branco!
Fotos: Jefferson Bernardes
“A festa está completa.
Ganhamos o mais importante.
O Inter é o time que eu torço,
que meus amigos todos torcem!”
Tinga
Fotos: Jefferson Bernardes
Carnaval colorado
Foto: Jefferson Bernardes
Encerra a partida, jogadores, dirigentes, funcionários e torcedores entraram em êxtase. Depois de 97 anos de história, o Inter conquistava sua Libertadores, e os heróis da noite não cansavam de comemorar a taça, correndo eufóricos pelo gramado. Cria do Celeiro e grande nome da partida de ida, Rafael Sobis circulava pelo campo de jogo carregando uma gigantesca bandeira do Clube do Povo, como que fincando nosso mastro em solo continental e afirmando a soberania colorada em terras latino-americanas.
Fotos: Jefferson Bernardes
“Não tem título mais importante.
Estou no clube desde sua fase ruim,
mas nós conseguimos levantar o Inter
e alegrar o torcedor.
Essa torcida é muito sofrida e
merece essa festa!”
Clemer
Foto: Jefferson Bernardes
Não houve quem ousasse arredar o pé do Beira-Rio. Todos, à exceção dos torcedores rivais, queriam assistir ao capitão Fernandão erguendo a mais cobiçada taça das Américas. No centro do pódio, às 0h25 o camisa 9, craque da decisão e artilheiro da Libertadores recebeu o troféu e ergueu em frente ao mar vermelho que celebrou encantado. Em seguida, teve início a volta olímpica, inaugurando a mais carnavalesca noite já vista em um agosto gaúcho.
Fotos: Jefferson Bernardes
Confira os principais lances da partida:
Primeiro tempo:
1min – Clemer! Júnior levanta na área, Aloísio desvia de cabeça e Danilo completa, finalizando. Goleiro colorado fica com ela.
6min – GRANDE, CLEMER! Aloísio rola boa bola para Danilo, que chega batendo de primeira, de fora da área. Paredão colorado espalma em linda ponte e manda para escanteio.
6min – Por cima! Após cobrança de escanteio, a bola fica viva na área e sobra com Lugano, que manda sobre o travessão alvirrubro.
10min – SAAAAAAAAAALVA CENI! Jorge Wagner é lançado na área pela esquerda, chega na bola em velocidade e finaliza de canhota. Goleiro adversário sai bem do gol e consegue abafar o arremate com grande defesa.
13min – UUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUH! Jorge Wagner lança Fernandão em profundidade. Capitão colorado invade a área dominando e, no momento de arrematar, sofre o desarme de Edcarlos, que atenta contra o próprio gol. Ceni salva, com muito reflexo.
17min – Jogo parado. Festa da torcida colorada, com sinalizadores, gera grande fumaça sobre o campo.
22min – Bola volta a rolar.
25min – TIIIIIIRA A ZAGA! Sobis faz boa jogada pela direita e cruza no segundo pau. Dentro da pequena área, Souza afasta, de qualquer maneira, para escanteio. Está amadurecendo o gol colorado!
26min – PRA FOOOOOOOOOOOORA! Jorge Wagner cobra escanteio na primeira trave. Ceará desvia de cabeça e ela sobra limpa para Índio, que chuta por cima. É pressão colorada no Gigante!
29min – GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL DO INTERNACIONAL! É DO CLUBE DO POVO, DO COLORADO, DO ALVIRRUBRO ENCARNAAAAAADO! UH, FERNANDÃO! UH, FERNANDÃO! Jorge Wagner cobra falta da intermediária, pela direita. Fechada, a bola vai na direção de Ceni, que tenta encaixar, mas não consegue. Genial, Fabiano Eller se antecipa à atordoada zaga paulista e serve Fernandão, livre na pequena área. De carrinho, o capitão colorado manda para o gol vazio. Agora, o Inter tem 3 no agregado, 1 na partida, e vai colocando uma mão na taça. Explode o Beira-Rio!
45min – NA TRAAAAAAAAAAAAAAAVE! Jorge Wagner levanta na áera, Eller desvia de cabeça e Índio, também com a nuca, manda buscando o ângulo. A bola explode no travessão e sai causando calafrios na defesa tricolor.
46min – Júnior cruza para Fabão, que arremata para fora.
51min – Fim de papo na primeira etapa!
Segundo tempo:
1min – UHHHHHH! Ceará vai ao fundo pela direita e cruza rasteiro. Fernandão chega finalizando de primeira e manda ao lado do gol, com muito perigo!
5min – Souza cobra falta na direção da área colorada, Lugano desvia e Fabão, na segunda trave, completa para o gol. Tudo igual.
12min – Boa chegada! Jorge Wagner levanta bola na medida para Eller, que cabeceia por cima!
13min – Muda o São Paulo. Danilo e Richarlyson dão lugar, respectivamente, a Lenílson e Thiago.
20min – GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL DO IIIINNNNTEEEEEEEEEEEEER! GOLAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAÇO COLORADO! DA ACADEMIA DO POVO! DO TIME QUE VAI SER CAMPEÃO DA AMÉRICA! TEU POVO TE AMA, TINGA! TINGA! TIIIIIIIIIIINGA! Sobis faz grande jogada, invade a área pela direita e deixa atrás com Ceará, que cruza aberto. Soberano, Fernandão cabeceia para baixo, como manda o figurino, exigindo milagre cinematográfico de Ceni. O rebote, entretanto, é colorado, é do Capitão, que levanta na medida para Tinga, livre e com o gol aberto, testar para as redes. O Beira-Rio entra em erupção!
22min – Por levantar a camisa na comemoração, Tinga recebe o segundo amarelo e é expulso.
25min – São Paulo encerra as trocas com a entrada de Alex Dias na vaga de Edcarlos.
33min – Lenílson recebe bola ajeitada na entrada da área, pela esquerda, e chuta buscando o canto. Ela vai para fora, levando perigo.
34min – Alex deixa o campo para a entrada de Michel!
35min – Pra fora! Aloísio pega a sobra de cruzamento e, livre, dentro da área, finaliza forte. Assustou!
37min – Entra Ediglê, sai Sobis. Abel reforça a marcação!
39min – Júnior chuta da entrada da área, Clemer espalma para o lado e ela fica com Lenílson, que empata o jogo.
44min – CLEMER! CLEMER! CLEMER! CLEMER! MILAAAAAAAAAAAAGRE! Júnior cruza na segunda trave e Alex Dias manda cabeceio forte. Ídolo colorado voa no ângulo para defender, mandando em escanteio.
46min – CLEEEEEMER! Souza chuta de fora da área e goleiro colorado, em dois tempos, faz a defesa. NÃO VAI ENTRAR! NÃO VAI ENTRAR! NÃO VAI ENTRAR!
48min – ACABOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOU! É CAMPEÃO! INTER! INTER! CAMPEÃO! CAMPEÃO! INTER! INTER! CAMPEÃO! CAMPEÃO! VENCEMOS A LIBERTADORES! LIBERTAMOS A AMÉRICA! FAÇA A FESTA, TORCEDOR COLORADO, O CONTINENTE INTEIRO É NOSSO. ESSE TÍTULO É SEU, É DE TODOS QUE VIVEM ESSA PAIXÃO MARAVILHOSA! VAMO, INTER!
Ficha técnica:
Internacional (2): Clemer; Índio, Bolívar e Fabiano Eller; Ceará, Edinho, Tinga, Alex (Michel) e Jorge Wagner; Sobis (Ediglê) e Fernandão. Técnico: Abel Braga
São Paulo (2): Rogério Ceni; Fabão, Lugano e Edcarlos (Alex Dias); Souza, Mineiro, Richarlyson (Tiago), Danilo (Lenílson) e Júnior; Leandro e Aloísio. Técnico: Muricy Ramalho.
Gols: Fernandão (I), aos 29min do primeiro tempo, Fabão (SP), aos 5min40seg do segundo tempo, Tinga (I), aos 20min40seg do segundo tempo, Lenílson (SP), aos 39min30seg do segundo tempo.
Arbitragem: Horacio Elizondo, auxiliado por Rodolfo Otero e Dario Garcia (trio argentino)