Nesta sexta-feira, o ídolo Leandro Damião, 10º maior artilheiro do Clube do Povo, completa 33 anos, e o Hoje na História rememora o gol marcado pelo centroavante na finalíssima da Libertadores de 2010. Ainda, o quadro da Rádio Colorada lembra da estreia de Fernandão como técnico do Internacional. Confira a íntegra!
De novo, a América era nossa. De novo, ela pertencia ao povo colorado. Absoluto, o título consagrou time cascudo, talhado para fazer história como legítimo campeão. Em casa, fomos impecáveis. Longe dela, letais. Caminhada brilhante, teve seu último capítulo escrito há 10 anos. Relembre, abaixo, a vitória colorada por 3 a 2 sobre o Chivas, na finalíssima da Libertadores de 2010!
O dia 18 de agosto de 2010 amanheceu ensolarado na capital gaúcha. Para a torcida colorada, porém, o sol era mais do que dispensável. Todos torciam, inclusive, pelo seu pôr. Esperado crepúsculo, significaria, para muitos, o fim do expediente – ou mesmo da classe. Com ele, estariam livres para, enfim, somarem-se aos milhares que desde o início da tarde ocuparam o Beira-Rio. Juntos, travariam a mais bela das batalhas. Lado a lado, precisariam libertar a América!
O movimento na Padre Cacique, registre-se, começou cedo. Internamente, o gramado do Gigante, renomado tapete continental, estava pronto. Do lado de fora, a torcida chegava aos montes, colorindo em vermelho e branco o cimento formador do pátio do Beira-Rio. Nem mesmo o verde dos campos suplementares resistiu à força da maré alvirrubra, que transformou cada centímetro em concentração e, é claro, churrasco.
Juntos dos mais de 53 mil torcedores e torcedoras anônimos, ilustres nomes do passado alvirrubro também decidiram saudar o presente, que diz tudo. Ao mesmo tempo em que o povo tomava as arquibancadas e cadeiras do Gigante, ídolos da história colorada se fizeram presentes nos camarotes e suítes do Beira-Rio. Valdomiro, Rentería e Gamarra foram alguns dos heróis que, fundamentais como sempre, jogaram a final desta vez fora do campo, usando da voz no lugar das chuteiras.
Foto: Ricardo Duarte
Rentería, Valdomiro e, acima, Gamarra: diferente gerações representadas no Gigante
Em vantagem no duelo após conquistar, no dia 11 de agosto, triunfo de 2 a 1 sobre o Chivas, fora de casa, o Clube do Povo tinha em Alecsandro, lesionado, o único desfalque para a finalíssima. Em seu lugar, Celso Roth escolheu Rafael Sobis, que ficou encarregado do comando do ataque. Atrás do camisa 23, D’Alessandro, pela direita, Tinga, no centro, e Taison, pela esquerda, formavam exímia linha de três meio-campistas.
Despedindo-se do Inter, o volante Sandro, dono da 8, formou, uma vez mais, dupla de volantes com o ídolo Guiñazú, sempre responsável por empunhar o número 5. A defesa, por fim, contou com Nei e Kleber, nas laterais, e Índio e Bolívar, zagueiros. Renan, goleiro, completou a nominata. Do outro lado, José Luiz Leal escalou Michel; Magallón, De Luna, Reynoso e Ponce; Araújo, Baéz, Fabián e Bautista; Arellano e Omar Bravo.
Os heróis do Bicampeonato
“Foi difícil ficar de fora desta final. Mas valeu que o grupo mostrou que tem bons jogadores. É demais saber que fiz parte disso!”
Alecsandro
Os minutos iniciais transcorreram de maneira eletrizante, com cada centímetro do gramado sendo disputado com máxima energia pelos jogadores. Não faltaram lances ríspidos, principal aposta dos mexicanos para conter a troca de passes do Inter no campo de ataque. Como de costume sob o comando de Roth, o Colorado contava com grande movimentação de D’Ale e Tinga, responsáveis por constantes combinações entre direita e centro. Na esquerda, Taison abria espaços para a subida de Kleber, e ainda acompanhava o parceiro Sobis.
Buscando gol que tornaria o cenário ainda mais positivo, o Clube do Povo tratou de criar blitz ofensiva tão logo soprou o primeiro apito. Aos três, Kleber cruzou bola que, após desviar na zaga, tomou muita altura e superou a cabeça de Sobis. Inteligente, Tinga infiltrou e, pela direita, a centímetros da pequena área, emendou buscando o camisa 23. No último instante, a defesa conseguiu cortar. Pouco depois, aos nove, D’Ale bateu, da intermediária, falta com venenosa curva. Inicialmente aberta, a bola encontrou, na altura da marca do pênalti, a testa de Sandro, que exigiu defesa em dois tempos do arqueiro rival.
Após breve respiro, o Inter voltou a pressionar na terceira dezena de minutos da partida. Aos 21, Taison, caindo pela direita, foi lançado em profundidade. Salvador, Michel deixou a área para fazer o corte. Pelo mesmo lado, Tinga avançou dois minutos depois. Preciso, o camisa 16 cruzou rasteiro para Sobis, que fez o corta-luz. A bola chegou na medida para o 7, que finalizou colocado para milagre do goleiro.
Novo córner foi cavado pelo Inter aos 25. Da direita, próximo à área, D’Ale cobrou falta perigosíssima, que desviou na barreira antes de fazer vento no travessão. Na sequência do lance, após cobrança do escanteio, Bolívar ficou com a sobra de corte parcial e, como um centroavante, arriscou lindo giro de canhota. A redonda picou ao lado da trave esquerda mexicana, assustando o time visitante e empolgando o Beira-Rio.
Beira-Rio esteve completamente lotado para a finalíssima continental
Tinga e D’Alessandro pareciam ser, de fato, o melhor caminho para o gol. Aos 37, o argentino avançou pela direita, aplicou o La Boba na marcação e, com espaço, cruzou rasteiro. Por centímetros seu parceiro não completou para as redes, e Magallán, providencial, impediu que a sobra fosse de Sobis. Passados cinco minutos, todavia, tudo mudou.
“Time bom e forte ganha partida, mas um grupo forte ganha campeonatos. O individual vai aparecer quando o coletivo é forte. Já fui premiado com gols, passes, assim como o Giuliano. Hoje, foi a vez do Damião. Isso comprova que o elenco é forte, formado por homens e profissionais.”
Andrezinho
Pedindo licença para o poeta Vinícius de Moraes, é possível afirmar que, assim como o samba, a Libertadores, para ser vivida com beleza, precisa de um bocado de tristeza. Afinal de contas, conquistar a mais desejada copa do continente não é piada. São necessárias, para erguer o principal troféu da América, algumas formas de oração. Praticamente todas puderam ser ouvidas no Beira-Rio quando, a exemplo do que ocorrera em Guadalajara, a instantes do intervalo o Chivas abriu o placar. Quem marcou, em bonito voleio, foi Fabián.
Fundamental para o Colorado nas fases de oitavas, quartas e semis, o gol fora de casa não servia como critério de desempate na decisão da Libertadores de 2010. Assim, o tento marcado pelo Chivas demovia do Inter qualquer vantagem, igualava o placar agregado e conduzia à final para a prorrogação. Ao Clube do Povo, portanto, restava pressionar.
“Mostramos dentro de campo que temos qualidade. Não tem como descrever a sensação; estamos onde todo jogador queria estar.”
Nei
A torcida, é claro, sabia disso. Já enérgico nos primeiros 45 minutos, na etapa final o Beira-Rio se transformou em um verdadeiro caldeirão latino. Completamente trepidante, o Estádio, que vencera as seis jornadas continentais já disputadas em seu território, vibrou, decidido a buscar seu sétimo triunfo, em sincronia aos avanços de cada ídolo. Pobres dos mexicanos, que descobriram, da pior maneira possível, o poderio de nossa casa, endereço dos mais temidos de toda a América.
GIGANTE/Foto: Ricardo Duarte
Taison criou, já no minuto de abertura do segundo tempo, a primeira oportunidade da etapa final. Pelo centro, arrancou em velocidade e chutou forte, de bico, para defesa de Michel, que quase soltou a bola nos pés de Sobis. O camisa 23, inclusive, exigiria nova intervenção do arqueiro, também em dois tempos, aos três de jogo.
Surgia, aos poucos, uma rivalidade, aumentada depois, aos oito, quando o camisa 23 recebeu passe em profundidade de Kleber e tentou driblar o goleiro. Desta vez, o rival se saiu bem, e conseguiu tomar a bola dos pés do ídolo colorado. Felizmente, o Inter precisava de apenas um triunfo de Sobis contra Michel.
Foto: Ricardo Duarte
“Eu sou colorado, estou sendo campeão de algo grandioso, e eu passei muita coisa. Fiquei oito meses, nove meses sem jogar por duas cirurgias, e hoje, graças a Deus, meu joelho está bom. Só vou comemorar agora.”
Sobis
A vitória do ídolo, habituado a triunfar em decisões de Libertadores, não custou a chegar. O primeiro atleta colorado a tocar na bola no 16º minuto de partida foi D’Alessandro. Acionado por Bolívar, o camisa 10 colorado prendeu a atenção de dois marcadores, abrindo espaço para infiltração de Guiñazú. Com a bola, El Cholo tentou costurar do centro para a direita, mas, pressionado pelo zagueiro rival, que abandonou a retaguarda, quase teve a posse tomada. Guerreiro, lutou no chão e garantiu a sobra para Taison, que recolocou D’Ale no lance.
Bagunçada, a defesa do Chivas pecou ao oferecer espaço para D’Alessandro. De frente para a área rival, o craque tinha Sobis e Tinga em condições de investir no mano a mano. Preferiu servir o camisa 16, que fez a parede e abriu com Kleber. Pela esquerda, o lateral, anjo da perna canhota, cruzou bola viva. Brigando com a zaga mexicana estavam dois reconhecidos artilheiros continentais. Forte para o autor do gol do título da Libertadores de 2006, a bola chegou na medida para o atacante que calara o Morumbi na decisão de quatro anos atrás.
Rafael Augusto, sobrenome Sobis, apelido campeão, projetou-se na direção da bola e empurrou, com o pé direito, a redonda para as redes. Gol, que o talismã latino comemorou combalido, lesionado do ombro que lhe servira de amortecedor após choque com o goleiro rival. Aos 16 minutos, tudo estava igual no Beira-Rio, mas o Inter na frente do agregado!
O gol embalou o Inter, que por pouco não virou logo aos 24, em chute forte do gênio D’Alessandro. Espalmada por Michel, a bola quase sobrou limpa para Sobis, mas o camisa 23, ainda com dores, não conseguiu dominar o rebote. Na sequência do lance, quem brilhou foi Renan, reconhecido com aplausos da torcida.
“Estava fora da América, e que bom voltar para um clube como o Inter. Este título é para retribuir a confiança”
D’Alessandro
Roth respondeu ao susto mexicano realizando sua segunda troca na partida. Antes, já retirara Taison de campo, colocando Giuliano no lugar. Aos 27, Sobis deixou o gramado. Quem entrou no ataque? Leandro Damião, jovem oriundo das categorias de base, que renovou a tradição cancheira ostentada por aqueles que carregam o DNA do Celeiro de Ases.
O passar de minutos que sucedeu o gol de Sobis obrigou o Chivas a tomar postura ofensiva como ainda não ocorrera no duelo. Maduro o Inter, que fechou os espaços para forçar o erro de um rival igualmente pressionado por vaia do Beira-Rio. Historicamente bem-sucedida no ataque, a soma entre time e torcida também se provou decisiva na defesa. Com fôlego, Damião interceptou passe mexicano e, ainda do campo de defesa, disparou dando belíssimo drible da vaca no último homem adversário.
Com campo livre, o garoto esticou a bola em apenas outros dois toques e, já dentro da área rival, absoluto no lance, saiu de frente com o goleiro. Michel decidiu transformar o duelo em embate de futsal, abafando o arremate com as pernas. Leandro provou que também entendia dos fundamentos do futebol de salão, e finalizou com o bico da chuteira. Forte, o arremate até resvalou no arqueiro, mas não teve sua direção desviada. O destino, é claro, foi a meta mexicana. Gol da virada!
“Essa torcida nos apoiou bastante. Eu tô muito feliz com esse título, meu primeiro título profissional. Há dois anos atrás, eu nunca imaginaria estar aqui.”
Leandro Damião
À frente no marcador, tanto da partida quanto no agregado, o Clube do Povo renovou o ânimo não do ataque, e sim da defesa. Na vaga de Tinga, entrou Wilson Mathias. Simultaneamente, o Gigante, doidão, embebedava-se nas alegres lágrimas do povo que mais um título festejava. Reconhecido companheiro de sentimento, Sobis também se provou um parceiro de choro, e do banco de reservas não escondeu a felicidade que sentia. Gaúcho e colorado, colorado e gaúcho, o ídolo logo ficaria ainda mais emocionado.
Com um a mais dentro de campo, consequência da expulsão de Arellano, que com violento carrinho tentou quebrar a perna de D’Alessandro, o Clube do Povo ganhou diversos espaços para explorar. E que erro era ceder lacunas para um time que contava com um camisa 11 como Giuliano. Dono de cinco gols na campanha colorada, até então o atleta já provara, inúmeras vezes, sua vocação imperdoável.
De fato, a Maior e Melhor Torcida do Rio Grande estava ansiosa naquela quarta-feira de agosto. Após passar a data torcendo pela chegada da noite, a partir dos 40 minutos o povo vermelho começou a anunciar o raiar do dia. A hora, enfim, estava chegando. Antes dela, contudo, brilhou Giuliano. Após receber bom passe de Wilson Mathias, o camisa 11 partiu para cima de dois marcadores, na altura da meia-lua. À hesitação da dupla rival, reagiu com ganchinho maravilhoso. Dentro da área, deu novo toque embaixo da bola, este para superar o goleiro. Chorosa, ela entrou. Gol de campeão! Gol de título! Gol de Libertadores!
“É o Inter cada vez mais e mais grande. Momento especial que todos querem participar, a oportunidade única. Fico sem palavras por participar desta festa de novo. Vamos comemorar!”
Bolívar
O tento de Giuliano saiu aos 44. A confirmação de dois minutos de acréscimos, aos 45, mesmo instante em que Bravo cavou falta na meia-lua da grande área. Cobrada na trave por Bautista, a bola parada reboteou na medida para Araujo descontar. Não havia, porém, tempo para mais nada – nem mesmo para a comemoração mexicana.
Sem sequer permitir o reinício da partida, o árbitro Óscar Ruiz encerrou o duelo e permitiu que fosse cravada nova placa do Inter na mais cobiçada taça do continente. América, de novo, vermelha. Clube do Povo, uma vez mais, campeão da Libertadores. Festa, costumeira, do povo colorado!
O relógio indica 31 minutos de partida quando Iago é lançado na esquerda da grande área santista. Em boas condições, a jovem promessa alvirrubra só não consegue o domínio por conta de forte empurrão do zagueiro adversário. Pênalti, que Damião recolhe a bola para bater. Invicto há seis partidas no Brasileirão, o Clube do Povo busca os três pontos no litoral paulista para colar de vez na luta pelo G-4, razão pela qual a cobrança toma grandiosos contornos. A expectativa em torno do gol, todavia, não se justifica apenas pela importância de tomar a dianteira no marcador.
Após encerrar sua primeira passagem pelo Beira-Rio, compreendida entre os anos de 2010 e 2013, com 89 gols marcados em 179 exibições, Leandro Damião perseguia a centésima vibração com a camisa vermelha. De volta ao Clube do Povo desde 2017, quando iniciou sua segunda trajetória no número 891 da Avenida Padre Cacique, o centroavante já somara, até aquele dia 10 de junho de 2018, outros 10 tentos pelo alvirrubro. Converter a penalidade, portanto, significava chegar a casa das 100 bolas na rede como atleta do Internacional. Feito que atingiu com tranquilidade contrastante à magnitude de sua marca, e comentado, nesta quarta-feira (10/06), em especial da Rádio Colorada!
Ao completar 100 gols com a camisa colorada, o ídolo alcançou feito não apenas notório, mas também raro na rica biografia do Clube do Povo; afinal de contas, desde a década de 80, quando Jajá registrou sua centena, nem um outro atleta havia atingido a marca. Tento que também foi o terceiro de Damião em 2018, seria acompanhado, até o fim da temporada, por outros oito no currículo do centroavante, que assim atingiria outro feito histórico: entrar na lista dos 10 maiores artilheiros alvirrubros.
Ao lado de Adãozinho, lendário atacante do Rolo Compressor, Leandro Damião é o 10º maior artilheiro da história colorada, com 108 gols marcados. A dupla acompanha, no seleto rol de goleadores, nomes como o próprio Príncipe Jajá, que soma 117 tentos, Ivo Diogo, integrante do Rolinho, com 118, Villalba, companheiro de Adão, dono de 153 bolas na rede, Larry, o Cerebral, com 176, Tesourinha, 178, Valdomiro, 191, Claudiomiro, 210, Bodinho, 235, além, é claro, do maior de todos, Carlitos, responsável por oferecer incríveis 485 celebrações à Maior e Melhor Torcida do Rio Grande.
Carlitos
Bodinho
Claudiomiro
Valdomiro
Tesourinha
Larry
Os seis maiores artilheiros da história colorada
Confira lista com todos os gols de Leandro Damião pelo Colorado:
2010: 12 gols na temporada
17/01/2010 – Inter 4 x 2 Ypiranga – Gauchão – Dois gols; 20/01/2010 – Porto Alegre 0 x 1 Inter – Gauchão – Um gol; 03/02/2010 – Novo Hamburgo 1 x 3 Inter – Gauchão – Um gol (primeiro com o grupo principal, antes vinha atuando com o Inter B); 18/08/2010 – Inter 3 x 2 Chivas – Libertadores – Um gol;
22/08/2010 – Inter 1 x 1 Atlético-GO – Brasileirão – Um gol; 28/08/2010 – Inter 1 x 0 Botafogo – Brasileirão – Um gol; 05/09/2010 – Inter 2 x 0 Grêmio Prudente – Brasileirão – Um gol 16/09/2010 – São Paulo 1 x 3 Inter – Brasileirão – Um gol;
30/10/2010 – Inter 1 x 1 Santos – Brasileirão – Um gol; 06/11/2010 – Atlético-GO 2 x 2 Inter – Brasileirão – Um gol; 14/11/2010 – Inter 2 x 3 Avaí – Brasileirão – Um gol
2011 – 40 gols na temporada – maior goleador do país!
03/02/2011 – Inter 3 x 1 Juventude – Gauchão – Um gol; 06/02/2011 – Veranópolis 2 x 1 Inter – Gauchão – Um gol; 13/02/2011 – Inter 3 x 2 Pelotas – Gauchão – Três gols; 23/02/2011 – Inter 4 x 0 Jaguares – Libertadores – Um gol; 10/03/2011 – Inter 4 x 0 Ypiranga – Gauchão – Três gols;
13/03/2011 – Caxias 3 x 3 Inter – Gauchão – Três gols; 16/03/2011 – Jorge Wilstermann 1 x 4 Inter – Libertadores – Um gol; 02/04/2011 – Lajeadense 1 x 1 Inter – Gauchão – Um gol; 10/04/2011 – Inter 6 x 2 Canoas – Gauhão – Um gol; 16/04/2011 – Inter 1 x 0 Santa Cruz – Gauchão – Um gol;
19/04/2011 – Inter 2 x 0 Emelec – Libertadores – Um gol; 28/04/2011 – Peñarol 1 x 1 Inter – Libertadores – Um gol; 01/05/2011 – Inter 1 x 1 Grêmio – Gauchão – Um gol; 08/05/2011 – Inter 2 x 3 Grêmio – Gauchão – Um gol; 15/05/2011 – Grêmio 2 x 3 Inter – Gauchão – Um gol;
12/06/2011 – Inter 2 x 2 Palmeiras – Brasileirão – Um gol; 26/06/2011 – Inter 4 x 1 Figueirense – Brasileirão – Um gol; 30/06/2011 – Atlético-MG 0 x 4 Inter – Brasileirão – Um gol; 21/07/2011 – Avaí 1 x 3 Inter – Brasileirão – Um gol; 26/07/2011 – Inter 2 x 2 Barcelona – Copa Audi – Um gol; 27/07/2011 – Inter 2 x 2 Milan – Copa Audi – Um gol;
07/08/2011 – Inter 3 x 2 Cruzeiro – Brasileirão – Um gol; 10/08/2011 – Independiente 2 x 1 Inter – Recopa – Um gol; 14/08/2011 – Bahia 1 x 1 Inter – Brasileirão – Um gol; 17/08/2011 – Inter 1 x 0 Botafogo – Brasileirão – Um gol; 21/08/2011 – Inter 2 x 2 Flamengo – Brasileirão – Um gol; 24/08/2011 – Inter 3 x 1 Independiente – Recopa – Dois gols;
31/08/2011 – Inter 3 x 3 Santos – Brasileirão – Um gol; 07/09/2011 – Inter 4 x 2 América-MG – Brasileirão – Um gol; 11/09/2011 – Inter 3 x 0 Palmeiras – Brasileirão – Três gols; 20/11/2011 – Inter 1 x 0 Botafogo – Brasileirão – Um gol;
2012 – 24 gols na temporada
25/01/2012 – Inter 1 x 0 Once Caldas – Libertadores – Um gol; 22/02/2012 – Inter 1 x 2 Grêmio – Gauchão – Um gol; 03/03/2012 – Inter 2 x 1 Ypiranga – Gauchão – Um gol; 07/03/2012 – Santos 3 x 1 Inter – Libertadores – Um gol;
10/03/2012 – Santa Cruz 1 x 2 Inter – Gauchão – Um gol; 13/03/2012 – Inter 5 x 0 The Strongest – Libertadores – Três gols; 17/03/2012 – Inter 7 x 0 Juventude – Gauchão – Dois gols; 25/03/2012 – Inter 3 x 0 São José-POA – Gauchão – Dois gols; 01/04/2012 – Inter 1 x 0 Canoas – Gauchão – Um gol;
14/04/2012 – Inter 3 x 0 Cerâmica – Gauchão – Um gol; 22/04/2012 – Inter 4 x 0 Veranópolis – Gauchão – Um gol; 10/05/2012 – Fluminense 2 x 1 Inter – Libertadores – Um gol; 13/05/2012 – Inter 2 x 1 Caxias – Gauchão – Um gol;
20/05/2012 – Inter 2 x 0 Coritiba – Brasileirão – Um gol; 24/06/2012 – Sport 0 x 2 Inter – Brasileirão – Um gol;
07/07/2012 – Inter 2 x 1 Cruzeiro – Brasileirão – Um gol; 02/09/2012 – Inter 4 x 1 Flamengo – Brasileirão – Um gol; 13/09/2012 – Botafogo 1 x 1 Inter – Brasileirão – Um gol; 16/09/2012 – Inter 2 x 2 Sport – Brasileirão – Um gol; 23/09/2012 – Inter 3 x 1 Bahia – Brasileirão – Um gol;
2013 – 13 gols na temporada
03/02/2013 – Internacional 2 x 1 Grêmio – Gauchão – Um gol; 13/02/2013 – Caxias 0 x 2 Inter – Gauchão – Um gol; 17/02/2013 – Cruzeiro 1 x 1 Inter – Gauchão – Um gol; 10/03/2013 – São Luiz 0 x 5 Inter – Gauchão – Dois gols;
17/03/2013 – Canoas 1 x 3 Inter – Gauchão – Um gol; 21/03/2013 – Inter 2 x 1 São Luiz – Gauchão – Um gol; 14/04/2013 – Inter 4 x 1 Juventude – Gauchão – Um gol; 24/07/2013 – São Paulo 0 x 1 Inter – Brasileirão – Um gol;
04/08/2013 – Grêmio 1 x 1 Inter – Brasileirão – Um gol; 25/08/2013 – Inter 3 x 3 Goiás – Brasileirão – Um gol; 06/10/2013 – Inter 1 x 0 Fluminense – Brasileirão – Um gol; 27/10/2013 – Inter 2 x 3 São Paulo – Brasileirão – Um gol;
2017 – 8 gols na temporada
01/08/2017 – Inter 3 x 0 Goiás – Brasileirão – Um gol; 25/08/2017 – Inter 3 x 2 Paysandu – Brasileirão – Dois gols; 16/09/2017 – Inter 3 x 0 Figueirense – Brasileirão – Um gol;
23/09/2017 – Náutico 0 x 1 Inter – Brasileirão – Um gol; 09/10/2017 – Inter 1 x 0 Brasil-PEL – Brasileirão – Um gol; 06/11/2017 – Luverdense 2 x 2 Inter – Brasileirão – Dois gols;
2018 – 11 gols na temporada
21/02/2018 – Remo 1 x 2 Inter – Copa do Brasil – Um gol; 27/05/2018 – Inter 2 x 1 Corinthians – Brasileirão – Um gol; 10/06/2018 – Santos 1 x 2 Inter – Brasileirão – Um gol; 29/07/2018 – Inter 3 x 0 Botafogo – Brasileirão – Um gol;
23/09/2018 – Corinthians 1 x 1 Inter – Brasileirão – Um gol; 30/09/2018 – Inter 2 x 1 Vitória – Brasileirão – Um gol; 14/10/2018 – Inter 3 x 1 São Paulo – Brasileirão – Dois gols;
22/10/2018 – Inter 2 x 2 Santos – Brasileirão – Um gol; 11/11/2018 – Ceará 1 x 1 Inter – Brasileirão – Um gol; 15/11/2018 – Inter 2 x 0 América-MG – Brasileirão – Um gol;
O Clube do Povo sempre escreveu suas glórias através de precisas finalizações de cabeça, canhota ou pé direito. Pensando nisso, lançamos a nossa torcida o desafio de escolher o melhor gol, entre os selecionados, da história colorada. Os critérios são os mais subjetivos possíveis: você pode decidir pelo mais bonito, o mais importante, o mais improvável, o mais marcante, ou o que preferir! Disponível em nossas redes sociais, a enquete, organizada em formato de chaveamentos eliminatórios (imagem abaixo), conta com tentos anotados em diferentes décadas, por vários ídolos. Confira-os a seguir:
Falcão x Atlético-MG
Válido pelas semifinais do Brasileirão de 1976, o confronto entre Inter e Atlético-MG brindou o público que lotou o Beira-Rio com duelo do mais alto nível. Após encerrar o primeiro tempo atrás no marcador, o Clube do Povo buscou a igualdade com Batista, aos 33, e passou a pressionar em busca do gol da virada, que saiu aos 46, após tabela inacreditável entre Falcão, Dario e Escurinho. Verdadeira obra de arte, à altura de seu autor e de uma equipe campeã!
Figueroa x Cruzeiro
Coube ao Inter, dono de DNA desbravador e pioneiro, estabelecer o nome do futebol gaúcho em território nacional. Em 1975, o Clube do Povo chegou à decisão do Brasileirão após campanha magnífica, com direito à vitória sobre a ‘Máquina Tricolor’, no Rio, nas semifinais. Disputada contra o Cruzeiro, a finalíssima encontrou em Figueroa, o zagueiro craque, seu único artilheiro, capaz de vencer não apenas a defesa mineira, mas também o céu nublado, para abrir o placar para o Colorado.
Valdomiro x Corinthians
O segundo título nacional do Inter veio na temporada seguinte ao primeiro. Em 1976, o Colorado enfrentou o Corinthians, no Beira-Rio, na final do Brasileirão. A taça, já habituada ao número 891 da Padre Cacique, foi conquistada graças a dois lances de bola parada. No primeiro, Valdomiro acertou a barreira, mas Dadá não perdoou no rebote. Depois, o camisa 7 e ídolo colorado executou mais uma de suas muitas cobranças magistrais. Esta explodiu no travessão antes de vencer a linha fatal e, de uma vez por todas, consagrar o Clube do Povo bicampeão!
Nilson x Grêmio
A maior edição do principal clássico do Brasil aconteceu em fevereiro de 1989. Confronto de volta da semifinal do Brasileirão de 1988, o Gre-Nal do Século foi antecedido por empate sem gols no Olímpico, e exibiu roteiro capaz de invejar qualquer cineasta premiado. Na primeira etapa, vitória parcial dos visitantes e expulsão do lado vermelho. No segundo tempo, dois gols de Nilson, o primeiro de cabeça, e Inter, com um a menos, vitorioso e classificado. Que tarde!
Iarley x Vasco
O gol de bicicleta é uma paixão planetária. O nível de dificuldade exigido para executá-lo, provavelmente, encontra equivalência apenas na plasticidade do lance. Em 2006, poucas semanas após a conquista da América, Iarley começava a dar mostras do protagonismo que exerceria na reta final da temporada anotando pintura rara, inclusive, entre as do estilo. O domínio no peito e a distância da meta vascaína não deixam dúvidas.
Fernandão x Coritiba
Eterno Capitão! As palavras que faltam para definir a importância de Fernandão no Inter também são escassas na tentativa de descrever esta pintura. Pouco mais de um mês depois de estrear pelo Colorado marcando o Gol Mil dos Gre-Nais, o centroavante, inquieto em escrever história, foi autor de mais um feito inesquecível. Sortudo o Beira-Rio por servir de tela à obra de arte do cabeludo artilheiro.
Giuliano x Estudiantes
Atual campeão da América, o Estudiantes julgou estar com a vaga garantida nas semifinais da Libertadores antes do apito final. Em 2010, o ídolo e capitão pincharatta, nos minutos de encerramento, convocou a torcida para festejar com seus sinalizadores. Na fumaça da festa precoce, Giuliano, lançado por Andrezinho, brilhou, e instalou na cancha portenha silêncio sepulcral, quebrado apenas pelo estrondoso celebrar do povo colorado.
Sobis x LDU
A espera foi angustiante. Mais de dois meses entre o revés no Equador, único na campanha, e a volta em Porto Alegre. Para piorar, a etapa inicial em nada diminuiu a tensão. Pelo contrário, truncado, o jogo foi tomando contornos desesperadores até os seis minutos do segundo tempo, quando Rafael Sobis abriu o placar em uma verdadeira pintura. Depois deste, Renteria faria o segundo, e a vaga nas semis estaria garantida.
Tinga x São Paulo
A libertação da América. Numa infindável noite de alegria, 16 de agosto de 2006, Tinga marcou gol inesquecível, o último de nossa campanha campeã continental. O título, depois de 97 aos de espera, era nosso. Vamos, Colorado!
Damião x Chivas
Final de Libertadores. Decisão do principal torneio de clubes do continente. Beira-Rio. Cenário perfeito para um jovem começar sua história de idolatria com a camisa vermelha. Matador, Damião interceptou passe na altura do meio de campo e, em velocidade, marcou o segundo do Inter, garantindo, de uma vez por todas, a reconquista da América.
Claudiomiro x Benfica
Lotado por mais de 100 mil pessoas, o Beira-Rio foi oficialmente inaugurado no dia 6 de abril de 1969, em partida amistosa que envolveu Inter e Benfica. Para estrear a história das redes da casa colorada, obviamente, seria necessária a ação de um legítimo alvirrubro. Ninguém melhor do que o jovem Claudiomiro. Com um testaço, o centroavante abriu o placar, completando grande trama do ataque vermelho.
Gabiru x Barcelona
Pregador de peças, o irônico destino armou a maior das suas no dia 17 de dezembro de 2006. Em Yokohama, o Mundial de Clubes era decidido entre Inter e Barcelona. Combalido, o aplicado capitão Fernandão, com cãibras, deixou o campo para a entrada do contestado Adriano Gabiru. Vestindo a 16, o substituto recebeu de Iarley passe açucarado e finalizou não para o barbante, e sim para a história.
Nilmar x Estudiantes
Para nos sagrarmos o primeiro time brasileiro campeão da Sul-Americana, tivemos de superar caminho turbulento – e o fizemos com excelência. Não bastasse a caminhada repleta de adversários de alto quilate, também nossa decisão foi sofrida, disputada até a prorrogação. No segundo tempo desta, Nilmar, cria do Celeiro, marcou, com um bico salvador, o gol do título.
Alex x Boca
De tão difícil, nas quartas de final a campanha do Inter na Sul-Americana encontrou o atual campeão da América. Derrotado com autoridade no Beira-Rio, também na Bombonera o Boca Juniors precisou se curvar à inesquecível escalação colorada de 2008. Servido por D’Alessandro, Alex marcou, na etapa final, o segundo do Clube do Povo, último da vitória por 2 a 1. Ao eliminar os xeneizes em sua casa, o Alvirrubro repetiu feito até então exclusivo, entre os brasileiros, ao Santos de Pelé.
D’Alessandro x Atlético-MG
Como joga, por favor! Nas oitavas da Libertadores de 2015, o gringo pegou a sobra de bola espirrada pela defesa adversária e, com sua canhota, anotou mais um belo capítulo em sua linda história no Inter. No ângulo, sem chances de defesa, preciso, perfeito. Andrés Nicolás D’Alessandro!
Renteria x Nacional
O mais colombiano dos sacis internacionalizou sua história também no Uruguai. Para exorcizar um fantasma do passado, usou do lençol, não como fantasia, mas artimanha. Com ele, e um arremate fulminante, garantiu vitória importante nas oitavas da Libertadores de 2006. É nós, Renteria. Tipo Colômbia!
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