Com destaque de uma dupla de coloradas, a Seleção Brasileira Sub-20 venceu os dois amistosos que disputou contra o Paraguai na Data FIFA do mês de outubro! Convocadas pelo técnico Jonas Urias, a atacante Mileninha e a goleira Gabi Barbieri aproveitaram o período no país vizinho, que contou com exibição de gala em palco histórico, para ampliar a tradicional caminhada de protagonismo das Gurias com a camisa verde e amarela.
Primeiro, na sexta-feira passada (22/10), Mileninha participou de todos os gols marcados pelo Brasil enquanto esteve em campo. Logo aos quatro, a colorada serviu Luany, enquanto a beneficiada no minuto 42 foi Analuyza. Na etapa final, Luany devolveu a gentileza e, com grande cruzamento da esquerda, assistiu a camisa nove brasileira, que acompanharia do banco a consagração do 6 a 0 canarinho no mítico Defensores del Chacho. Titular durante os 90 minutos, Gabi Barbieri ofereceu grande contribuição ao triunfo.
Já na tarde desta segunda, Mileninha participou do primeiro dos dois gols marcados pelo Brasil na vitória de 2 a 0. No Estádio Arsenio Erico, aos 11 da etapa final, a colorada exigiu milagre da goleira paraguaia, que precisou deixar o conforto da meta para abafar arremate da centroavante brasileira. No rebote, Cris não perdoou, e abriu os caminhos para o segundo triunfo canarinho.
Na manhã seguinte ao empate sem gols com o Olimpia, pelo jogo de ida das oitavas de finais da Conmebol Libertdores, o grupo colorado realizou um treino físico em Assunção, capital do Paraguai. O foco agora retorna para a disputa do Brasileirão, no qual o Inter enfrenta o Juventude, neste domingo (18/7), às 20h30, no Beira-Rio, em confronto válido pela 12ª rodada.
Após a atividade ocorrida na manhã desta sexta-feira, a delegação colorada iniciou o retorno para Porto Alegre. Na tarde deste sábado, o técnico Diego Aguire comanda treinamento no CT Parque Gigante e define o time que inciará o duelo diante a equipe de Caxias do Sul.
Em busca da segunda vitória consecutiva na Libertadores, o Clube do Povo recebe o Olimpia, a partir das 21h desta quarta-feira (05/05), pela terceira rodada do grupo B da competição. Confira entrevista da Rádio Colorada com Victor Villalba, jornalista paraguaio, projetando o confronto. Abaixo, você encontra todas as informações do duelo.
Dona da jornada mais vermelha da internet, a Rádio Colorada estará ao vivo a partir das 18h desta quarta-feira. A jornada, que contará com completos pré e pós-jogo, além de narração legitimamente torcedora, se estende até a madrugada de quinta. Confira a programação da emissora oficial do Clube do Povo, que pode ser acompanhada via Site e APP do Inter!
Participe da jornada através do InterZap: (51)99189-4124
As redes sociais do Inter (@scinternacional no Twitter, Instagram e Facebook) contarão com um completo minuto a minuto. Com imagens, Fox Sports e Facebook Watch anunciam transmissão.
Vamo, Inter! 💪
Miguel Ángel Ramírez teve três dias para preparar a equipe colorada/Foto: Ricardo Duarte
Debaixo de chuva, o Inter encerrou na tarde desta terça-feira (04/05) os preparativos para o duelo contra o Olimpia. No CT Parque Gigante, Miguel Ángel Ramírez comandou trabalho tático que azeitou os últimos detalhes da equipe que buscará, contra os paraguaios, a segunda vitória consecutiva na Libertadores.
No Beira-Rio, Ramírez não poderá contar com Carlos Palacios. Expulso diante do Táchira, o chileno cumpre suspensão nesta quarta-feira. Taison, por outro lado, está à disposição do técnico colorado. O novo camisa 10 do Clube do Povo, vale lembrar, não está inscrito no Gauchão, mas figura na nominata de relacionados para a principal competição do continente.
Taison pode ser uma novidade diante do Olimpia/Foto: Ricardo Duarte
Como de costume nas vésperas de Libertadores, a terça-feira contou com entrevista coletiva no CT colorado. Escolhido para falar à imprensa, o goleiro Marcelo Lomba, que não sofreu gols no último duelo disputado pelo Inter no torneio, comentou as expectativas do grupo para a partida contra o Olimpia.
“A gente quer manter o nível da atuação contra o Deportivo e desses jogos em que conseguimos convencer, jogar bem, se sentir bem em campo. Conversamos, nós jogadores, e a gente acredita que já amadureceu no esquema do Miguel. Tem um mês que estamos trabalhando, então tem uma expectativa boa para voltar aqui para o Beira-Rio e fazer um grande jogo.”
Marcelo Lomba
O camisa 12 do Clube do Povo também analisou o adversário que espera o Inter. Atual campeão paraguaio, o Olimpia, de acordo com Lomba, tem uma história rica, que cobra respeito. O presente, porém, também exige muita atenção, convertida em intenso trabalho pelo grupo colorado.
“Sei que o Olimpia é um grande clube, de muita tradição. É um jogo de visibilidade, mas, acima de tudo, um jogo que decide quem vai estar na ponta do grupo, porque está tudo embolado. Quando a gente olha pro Olimpia, vemos grandes jogadores. Já vimos alguma coisa do esquema de jogo, do que vamos enfrentar. Serão duas grandes equipe.”
Marcelo Lomba
Por fim, Lomba ainda reforçou a importância do Beira-Rio para o Inter. O goleiro, um dos líderes do elenco vermelho, ressaltou que o grupo espera somar o maior número possível de vitórias dentro de casa, consciente da força especial que o Clube do Povo tem no número 891 da Padre Cacique.
“O Inter é muito forte dentro de casa. A gente tem um grande retrospecto, a história diz. Temos que usar isso a nosso favor, principalmente em momentos decisivos. A gente conversou que, com o revés na Bolívia, os dois próximos jogos – um a gente já conseguiu vencer – ficaram muito mais importantes. Temos que tentar fazer os seis pontos a todo custo.”
Marcelo Lomba
Arbitragem 🧑⚖️
Facundo Tello apita, auxiliado por Gabriel Chade e Ezequiel Brailovsky. Quarto árbitro: Nestor Pitana. Quarteto argentino.
Rival 🆚
Olimpia venceu a última rodada da Libertadores/Foto: DVG, Twitter Olimpia
Adversário desta quarta-feira (05/05), o Olimpia conquistou importante vitória na última vez que foi a campo pela Libertadores. No Paraguai, o Decano virou para cima do Always Ready-BOL, com gols de Santa Cruz e Ortiz, e zerou seu saldo de gols no grupo B. De acordo com Victor Villalba, porém, o triunfo foi atingido mais pela garra do que por uma possível atuação envolvente dos locais.
“O Olimpia perdeu para o Deportivo Táchira-VEN de forma surpreendente. Não estava nos planos. Depois, no Paraguaio, se recuperou ao ganhar do Guaraní. Foi um jogo aceitável, no máximo. E tem a última impressão deixada na Libertadores.Ganhou a partida contra o Always Ready, me parece, mais pelo peso da camisa do que por uma superioridade no aspecto do futebol.”
Victor Villalba
Veterano Roque Santa Cruz marcou o do empate na última quarta/Foto: DVG, Twitter Olimpia
O duelo com o Always Ready-BOL foi o penúltimo disputado por ‘La O’. No sábado passado (01/05), a equipe perdeu para o Cerro Porteño, fora de casa, em nova edição do Superclássico paraguaio. O placar de 2 a 0 gerou intensas críticas a Sergio Órteman, ex-volante e atual comandante alvinegro.
“O Olimpia chega com muitas dúvidas sobre rendimento. Contra o Cerro, jogou mal, com um esquema muito conservador do treinador. Foi um time que quase não chutou a gol. E o Órteman, na verdade, está tendo sua primeira grande oportunidade. A pergunta que fazíamos, e agora repetimos, é: está, realmente, Órteman preparado para assumir esse desafio?
Victor Villalba
Órteman assumiu o Olimpia no último mês de março/Foto: DVG, Twitter Olimpia
Apesar das recentes oscilações, o Decano paraguaio conta com atletas que despertam grande confiança na torcida alvinegra. Jogador de três Copas do Mundo, Roque Santa Cruz desponta como o nome mais conhecido da equipe, mas muitos de seus companheiros de meio de campo também contam com prestígio junto ao público.
“Depois do Roque, me parece que o jogador mais importante do Olimpia é Jorge Recalde. É um meia-atacante que tudo me faz imaginar que vá jogar como titular nesta quarta-feira, em Porto Alegre. Depois, no terceiro lugar, podemos colocar Alejandro Silva. Ultimamente, porém, ele anda irregular.”
Victor Villalba
Alejandro Silva (3) e Recalde (28) são destaques do Olimpia/Foto: DVG, Twitter Olimpia
Diante do Inter, Órteman deve contar com escalação inédita nesta edição da Libertadores. Os prováveis 11 nomes, de acordo com Victor Villalba, são: Olveira; Benítez, Alcaraz, Polenta e Iván Torres; Richard Ortiz, Néstor Camacho e Jorge Recalde; Roque Santa Cruz e Walter González. Roque, porém, ainda não tem sua presença confirmada.
Classificação do grupo 🧮
Goleada contra o Táchira valeu a liderança do grupo para o Inter/Foto: Ricardo Duarte
Líder do grupo B, o Inter soma os mesmos três pontos de Olimpia-PAR, Deportivo Táchira-VEN e Always Ready-BOL, mas leva vantagem no saldo de gols, positivo em dois tentos. Uma vitória no Beira-Rio permitiria maior folga aos comandados de Miguel Ángel, que abririam distância para os paraguaios. Bolivianos e venezuelanos se enfrentam na quinta (06/05), às 19h, em La Paz.
P
J
V
E
D
GP
GC
SG
1 – Inter
3
2
1
0
1
4
2
2
2 – Always Ready
3
2
1
0
1
3
2
1
3 – Olimpia
3
2
1
0
1
4
4
0
4 – Deportivo Táchira
3
2
1
0
1
3
6
-3
Contra o Olimpia, Colorado quer seguir no topo/Foto: Ricardo Duarte
Contra paraguaios ⏱️
O Clube do Povo já disputou oito confrontos oficiais contra equipes paraguaias. Até hoje, a história registra cinco vitórias coloradas, dois empates e um único triunfo de times do país vizinho. O último duelo, inclusive, foi encerrado com alegria para a Maior e Melhor Torcida do Rio Grande, que festejou não apenas o 2 a 0 sobre o Libertad, mas também a classificação à final da Libertadores 2006.
Alex (E) e Fernandão (D) marcaram na vitória sobre o Libertad
A derrota do Inter ocorreu justamente diante do Olimpia. Pelas semifinais da Libertadores de 1989, o Clube do Povo até largou em vantagem, graças a golaço de Luís Fernando, de bicicleta, no Defensores del Chacho, mas foi superado no Beira-Rio. Após 3 a 2 para os visitantes no tempo normal, o Alvinegro acabou eliminado nas penalidades.
Semifinal de Libertadores. O adversário? Forte equipe paraguaia, alvinegra e atual campeã nacional. Último obstáculo na luta por vaga na decisão continental, teria de ser superado no Beira-Rio, sede da batalha final de guerra iniciada no mítico Defensores del Chacho. O roteiro, sabíamos, era conhecido. Tornava-se necessário, portanto, revolucionar seu último capítulo. Há 14 anos, exorcizávamos o último fantasma na caminhada rumo ao topo da América.
Em breve retornaríamos, depois de 26 anos, à final da América/Foto: Jefferson Bernardes
Time embalado
A Libertadores de 2006 foi a primeira disputada pelo Inter em 13 anos. Afastado do torneio desde 1993, o Clube do Povo, gaúcho que desbravou o certame na década de 70, retornou à elite continental após anos de rápida e concreta reestruturação interna. Inicialmente, na abertura do século XXI, o Colorado lutou contra grandes equipes latinas na Sul-Americana, assim ganhando cancha em competições do exterior.
Colorado ascendeu rapidamente no cenário sul-americano/Foto: Marcelo Campos
Logo depois, o Inter fez por merecer o título do Brasileirão de 2005, conquista que consagraria forte elenco abrilhantado por nomes como Clemer, Ceará, Índio, Bolívar, Edinho, Tinga, Jorge Wagner, Alex, Rafael Sobis, Fernandão e muitos outros. Os escândalos extracampo, contudo, embora tenham retirado o troféu nacional das mãos alvirrubas, também serviram de motivação para o time, que ficou ainda mais sedento por taças, como provou na invicta campanha da fase de grupos da Libertadores.
Praticando um futebol extremamente ofensivo, o time de Abel Braga somou 14 pontos e avançou para as oitavas de final na liderança de seu grupo. Ao mesmo tempo, duro revés na finalíssima estadual suscitou mudanças na equipe, que passou a atuar de maneira mais equilibrada, mas igualmente propositiva. Foi assim que eliminamos o Nacional, antigo carrasco, nas oitavas, e também a LDU, em dramático duelo por classificação às semis. Para chegar a decisão, seria necessário superar mais um fantasma – este paraguaio.
Rival também fora de campo
A década de 80 não foi fácil para a torcida colorada. Habituado a dominar Rio Grande e Brasil, o povo vermelho precisou se acostumar ao insosso gosto da prata. Batemos, inúmeras vezes, na trave, alimentando grande sentimento de frustração nos arredores do Gigante. Dentre as derrotas mais doloridas, o revés diante do Olímpia, na semifinal da Libertadores de 1989, atinge notório destaque.
Treinado por Abel Braga, o Inter havia construído maiúscula caminhada continental. Nas oitavas, despachou o todo poderoso Peñarol através de incrível agregado de 8 a 3. Logo depois, o Bahia, atual campeão brasileiro em cima do próprio Colorado, sucumbiu à força do Gigante. Embalado, o Clube do Povo abriu fora de casa, contra a alvinegra equipe do Olímpia, a disputa por vaga na decisão.
O jovem Abel Braga, comandante do Inter no final da década de 80
No Defensores del Chaco, Luis Fernando Rosa Flores anotou, de bicicleta, um dos gols mais bonitos da história da Libertadores. Com ele, o Inter garantiu a vantagem mínima para o jogo da volta, duelo acompanhado, no Beira-Rio, por mais de 70 mil colorados e coloradas que encerrariam o dia atônitos. Ninguém imaginava, mas o Clube do Povo viveria uma das noites mais trágicas de sua história, sacramentada com eliminação após duas derrotas. A primeira, por 3 a 2, aconteceu no tempo normal. A segunda, na marca do cal. Desde então, jamais havíamos chegado tão longe na Libertadores. Até 2006. Até o retorno de Abel. Até novo confronto contra paraguaio, agora o Libertad.
Comandado por Gerardo ‘Tata’ Martino, técnico que chegaria, no futuro, ao comando da Seleção Argentina e também do Barcelona, o atual campeão do Paraguai contava com forte elenco. Entre as principais estrelas de geração que conquistaria o tricampeonato nacional estavam Édgar Balbuena, Víctor Cáceres, Martín Hidalgo, Cristian Riveros, Rodrigo López e, é claro, Pablo Horácio Guiñazú. Para avançar à final, o Inter teria, então, de superar grande adversário dentro de campo, e temido fantasma fora dele.
O jogo de ida
A classificação para a final não seria conquistada graças a alguma receita mágica, invenção de última hora ou coelho tirado da cartola. Se o Inter estava entre os quatro melhores do continente, era por merecimento e justiça. Abrir mão do fizera para chegar tão longe no torneio seria inconsequente. A despeito de qualquer má recordação, a partida contra o Libertad precisava ser encarada como todas as outras. Nosso capitão, como sempre genial, sabia disso.
“Se chegamos até esta fase da competição foi porque adquirimos uma maneira de jogar. Por isso, não podemos mudar nossa postura contra o Libertad. Vamos em busca da vitória, tendo consciência dos perigos que o adversário oferece”
Fernandão, projetando o duelo
Os maus agouros, inclusive, também encarariam adversário de peso nas arquibancadas do Defensores del Chaco. Contra o espírito das frustrações passadas, o Inter contaria com a vibração do mais inabalável povo, capaz de erguer um gigante sobre as águas de um rio. Torcida que sofrera no passado recente, e ansiava para retornar ao seu lugar de direito: o topo do pódio. Para tanto, os milhares que viajaram ao Paraguai apostavam em um comandante identificado com nossas cores.
“É muito bom saber que teremos este apoio maciço no Paraguai. O Inter é uma equipe de alma, de cor vermelha, de sangue. Contra o Libertad não vai ser diferente”
Abel Braga, antes do jogo
Desfalcado por Tinga, o Clube do Povo foi a campo com Clemer no gol, Índio, Bolívar e Eller na zaga; Ceará e Jorge Wagner nas respectivas alas direita e esquerda; Edinho, Fabinho e Alex no meio; Fernandão e Sobis no ataque. Vivendo noite inspirada, o jovem camisa 11 alvirrubro causou grandes problemas à zaga paraguaia, criando as principais oportunidades do começo de partida. De sua parte, o Libertad insistia em bolas alçadas na área, sempre contando com a vibração de Guiñazú para garantir o rebote. Os três zagueiros colorados, todavia, frustravam os planos mandantes.
Na etapa inicial, as melhores oportunidades de cada equipe foram criadas após os 30 minutos. Primeiro, Fernandão, como se fora um poço de tranquilidade em meio ao nervosismo clássico de um confronto eliminatório, recebeu passe forte de Ceará, na altura da intermediária, e, inteligente, deu um chapéu no marcador. Afobado, o adversário passou batido, enquanto o Eterno Capitão colorado dominava no peito, adiantando a posse. Com força, o camisa 9 mandou de direita, e a bola tirou tinta do travessão.
Pouco depois, Cholo Guiñazú conseguiu seu primeiro bom rebote no jogo e, de canhota, em cima da linha da grande área, finalizou no canto. A redonda explodiu no poste, cruzou em frente à meta vermelha, encontrou Riveros e, na segunda tentativa deste, foi cruzada para a confusão, onde López arrematou para defesa segura de Clemer. Por fim, aos 42, Ceará levantou bola fechada que foi direto na trave superior de Gonzalez. Dono da sobra, Sobis ajeitou para Jorge Wagner encher o pé. O arqueiro paraguaio promoveu um belíssimo milagre.
O panorama de igualdade foi mantido para a etapa final. Mortais como de costume, os entrosados Sobis e Fernandão cansaram a defesa paraguaia. À dupla, somavam-se os constantes avanços de Jorge Wagner, pela esquerda, e Ceará, na direita, além de Iarley, que substituiu Alex. O lance mais marcante do segundo tempo, contudo, foi da equipe da casa – mas, de certa forma, também do Inter. Após cruzamento de Romero, Eller afastou para a intermediária. Bem posicionado, Riveros pegou a sobra e, ignorando a longa distância, mandou de primeira.
Rasante, ela voou até o travessão de Clemer, bateu nas costas do goleiro e, mansa, teimosa, picando, saiu ao lado do poste direito. Há dois anos, na Bombonera, também em uma semifinal continental, o goleiro sofrera gol em lance muito parecido. Agora, a bola saía. Na luta entre a camisa colorada e o fantasma paraguaio, parecíamos levar a melhor. Nossa torcida, presente aos milhares no Defensores, certamente fazia por merecer desfecho mais alegre. Pouco depois do lance, o jogo foi encerrado, com o placar zerado. O duelo seguia em aberto.
Partida contou com muita movimentação no ataque e grande aplicação na defesa
Tensão gigante
Entre os confrontos de ida e volta das semifinais continentais, o Inter disputou, pelo Brasileirão, o Gre-Nal de número 366 na história. Com os reservas, o time de Abel Braga até criou as melhores chances, mas não conseguiu alterar o placar do duelo, que ficou marcado, muito mais do que por qualquer lance dentro de campo, pelo vexame histórico da torcida gremista, que provocou grande tumulto nas arquibancadas do Gigante, inclusive incendiando banheiros químicos. Dois dias depois, foi o povo vermelho quem deu exemplo – mas positivo. Na abertura do mês de agosto, o Inter atingiu a inédita marca de 40 mil sócios e sócias, feito que teve como consequência um Beira-Rio completamente lotado para o duelo diante do Libertad.
O Clube do Povo foi a campo, no dia 3 de agosto de 2006, escalado, a exemplo do que ocorrera na partida de ida, com três zagueiros. Bolívar era o responsável pelo lado direto da trinca, enquanto Eller ocupava a esquerda. Entre eles, estava Índio. À frente, cinco meio-campistas tratavam de gerar superioridade numérica na região mais crítica do campo. Donos de grande poder de contenção, mas também responsáveis por oferecer boa saída de bola, Fabinho e Edinho garantiam a liberdade necessária para Alex, extremamente entrosado com o ala-esquerda Jorge Wagner. Ceará, na direita, tinha como parceiro preferido o inquieto atacante Rafael Sobis, eterno par perfeito de Fernandão. No gol, é claro, o titular foi Clemer.
Os heróis responsáveis por devolver o Inter à decisão continental
Os primeiros movimentos da partida deram a entender que o fantasma paraguaio, incapaz de triunfar diante de cinco mil colorados em Assunção, não teria a menor chance contra as mais de 50 mil pessoas que fizeram trepidar o Beira-Rio. Logo aos 3, Edinho escapou em velocidade pelo meio e abriu com Fernandão. Invertendo posição com Sobis, o camisa 9, posicionado como um ponta-direita, cruzou rasteiro para o 11, que se atirou em preciso carrinho. Com os pés, Gonzalez salvou.
De garçom, Fernandão passou a artilheiro, e tentou, aos 14, completar cruzamento aberto de Jorge Wagner. Alta demais, a bola saiu em tiro de meta. Já aos 31, no último lance de perigo da etapa inicial, o Eterno Capitão alvirrubro recebeu grande passe em profundidade de Alex, assistência que não dominou por questão de centímetros, suficientes para o goleiro adversário fazer a defesa.
Embora de ampla supremacia colorada, a etapa inicial conviveu, também, com crescente ansiedade do povo vermelho. Contra o Olímpia, o Inter fora eliminado exatamente no segundo tempo, quando, inclusive, desperdiçou uma penalidade. A lição do passado, logo, era bastante clara: quem não faz, sofre. E o sofrimento deu as caras depois do intervalo. Cedo, o Libertad desperdiçou a primeira oportunidade, respondida rapidamente por Sobis, que teve boa chance. A partir dos 10 minutos, todavia, um verdadeiro filme de terror teve início.
O Inter viveu seis minutos de pura tensão, capaz de paralisar os atletas dentro de campo. Aos 11, Cáceres subiu livre após cobrança de escanteio e, respeitando o figurino, cabeceou para baixo. Clemer defendeu. Cerca de 40 segundos depois, López foi lançado na área e só não balançou as redes graças a desarme providencial de Bolívar. Na cobrança do córner, o mesmo atacante cabeceou bola que levou muito perigo ao gol alvirrubro. A torcida finalmente conseguia puxar o primeiro ar quando Riveros finalizou cruzado e Villareal, por detalhe, não completou de carrinho. Ato contínuo, quem arrematou para longe foi Gamarra. Abel, então, percebeu que a situação só tendia a piorar. Como respondeu? Mandando Rentería a campo, na vaga de Fabinho.
A troca foi ousada. A partir dela, Alex seria recuado à volância, e Fernandão, como um ponta-de-lança, estaria responsável por municiar Rentería e Sobis, a nova dupla de ataque. Necessária para um time que se via obrigado a marcar gols, a substituição também poderia oferecer ainda mais espaços para o Libertad, dentro de campo, e ao azar, fora dele. Felizmente, nenhum destes teve tempo para agir.
Aos 17, pouco mais de um minuto após a entrada de Rentería, Alex recebeu passe de Ceará. Recuado, o camisa 24 pôde visualizar o campo de frente e perceber que, ao mesmo tempo que seus companheiros mais adiantados estavam excessivamente marcados, existia espaço de sobra para progredir até as cercanias da grande área paraguaia. Assim fez e, após simples dois toques na bola, soltou um de seus marcantes canhotaços. Veloz, a esférica voou até as cercanias da pequena área, picou pela primeira vez, ganhou velocidade ainda maior e, sem oferecer chance alguma de defesa, bateu no poste para depois morrer nas redes. Inter na frente!
Ele sempre foi de bomba/Imagens: SporTV
A vantagem colorada nocauteou o Libertad. Antes confiantes em um gol que parecia iminente, os paraguaios ficaram visivelmente desorientados com o caldeirão da beira do Guaíba. Completamente zonzos devido à festa da torcida, chegaram a sentir náuseas quando, ao ritmo do povo vermelho, Sobis começou a dançar na ponta direita.
Primeiro, aos 21, o camisa 11 decidiu partir para dentro da marcação e só depois soltar a bola, cruzada na cabeça de Ceará, que parou no goleiro. No minuto seguinte, mudou de ideia e, ainda na intermediária, acionou Fernandão.
Vindo de trás como um meia, o capitão pôde dominar, fazer o giro, ajeitar e, a exemplo do que fizera Alex, soltar a canhota. Cruzado, o arremate dispensou o beijo no poste, mas também morreu no canto das redes alvinegras. Após abrir o placar graças a meio-campista recuado para a volância, o Inter chegava ao segundo através de um camisa 9 que ocupava a ponta-de-lança. Brilhante, Abel!
O 2 a 0 permitia ao Inter sofrer um gol e, mesmo assim, garantir vaga na decisão. A postura ofensiva, portanto, podia ser arrefecida. Assim, Abel mudou mais uma vez, colocando Wellington Monteiro na vaga de Índio. Deste momento em diante, o Clube do Povo esteve formado por duas linhas de quatro. Na primeira, estavam Ceará, Bolívar, Eller e Jorge Wagner. Logo na frente, Edinho, Alex, Wellington Monteiro e Fernandão.
Compacto, o Colorado seguiu se fechando bem, tocando a bola com segurança e transpirando disposição e garra. Ao mesmo tempo, a torcida, enlouquecida de felicidade, vaiava cada trama adversária com furor idêntico ao usado para incentivar o Alvirrubro. Nos acréscimos, Rentería ainda desperdiçaria boa chance, defendida pelo goleiro paraguaio.
Enfim, aos 48 minutos do segundo tempo, ecoou pelo Beira-Rio o último apito do árbitro Oscar Ruiz, oficializando o retorno do Inter, após 26 anos de espera, à final da Libertadores. Na força do Gigante, nos libertávamos do último fantasma continental. Livres, logo serviríamos de libertadores para os povos vizinhos. Que viesse o São Paulo!
Estávamos loucos por ti, América!/Foto: Jefferson Bernardes
A América é nossa! As Gurias do Sub-16 são as novas campeãs da Libertadores. O Clube do Povo derrotou o Liverpool-URU neste domingo (02/02) em Luque, no Paraguai levantando a taça da competição. De quebra, a equipe colorada ainda levou as premiações individuais de melhor jogadora, com a camisa 10 Milena, e de melhor goleira, pela número 1 Gabriela.
Em uma partida intensa, os gols do título foram anotados por Maki, Bia e Alessandra na vitória por 3 a 0. E o placar não demorou para abrir, logo aos 5min após uma cobrança de falta para a área, Maki empurrou a bola para o fundo da rede. Já aos 25min da etapa complementar, Bia Gomes percorreu todo o gramado até finalizar marcando um golaço e ampliando o placar para o Clube do Povo. Já nos acréscimos, Alessandra acertou um chute de fora de área completando o resultado.
Reelembre a campanha Colorada
As Gurias realizaram um grande triunfo nesta competição. Alem de saírem como líderes do Grupo B, ao todo foram 4 vitórias e um empate, com 12 gols convertidos contra apenas 2 sofridos. O Clube do Povo superou 4 adversários: Liverpool-URU, Seleção Antioquia-COL, Colo-Colo-CHI e o Guarani de Fortuna-PAR. Além disso, as gurias já haviam levantado a taça da Liga de Desenvolvimento CONMEBOL na etapa nacional. Agora, o colorado está classificado para a Copa Disney, o Mundial da categoria, que reúne os classificados de cada continente em Orlando, nos Estados Unidos.
Que campanha! O time Sub-16 das Gurias Coloradas goleou o Colo-Colo (CHI) por 4 a 0 nesta quinta-feira (30) e está na semifinal da Copa Libertadores. O Clube do Povo saí como líder do grupo B que tinha ainda Liverpool (URU) e Seleção Antioquia (COL).
A partida foi disputada no estádio Parque Olímpico, que possuí gramado sintético, devido às fortes chuvas que atingiram Assunção, no Paraguai. O Inter teve as melhores chances da partida com os gols marcados por Milena (3x) e Bia Gomes. O Colorado não demorou muito para abrir o placar. Logo aos 6min de jogo, Milena se livrou da marcação e acertou um chutaço de fora de área. Na sequência, aos 10min, após um cruzamento, novamente Milena estava lá para cabecear a bola para o fundo da rede. Aos 18min, a camisa número 10 completou o seu hat-trick: Milena invadiu a área e balançou as redes com um chute de esquerda. Para completar o resultado, Bia marcou o último gol da partida aos 19min após um chute cruzado para o gol, ocasionado em uma falha da goleira adversária.
Ao todo, foram duas vitórias e um empate, somando sete pontos com 7 gols convertidos e apenas um sofrido. Agora, o próximo desafio é no sábado (1), às 7h45, no estádio Parque Guasú. O adversário ainda será definido. Lembrando que as Gurias Coloradas já levantaram a taça da Liga de Desenvolvimento Conmebol na etapa nacional em 2019. Vamos apoiar as Gurias!
O Consulado Colorado de Santa Rita, no Paraguai, organizou, no último dia 15 de dezembro, uma tarde mais do que especial de brincadeiras natalinas para as crianças da cidade. A festa, prestigiada por dezenas, ainda contou com o Papai Noel distribuindo presentes para a garotada.