Psiquiatra dá dicas para controlar a ansiedade em meio à pandemia
O combate à pandemia mundial de Covid-19 vem exigindo grande esforço da população brasileira. As incertezas que rondam o futuro mais próximo, por exemplo, podem alimentar quadros nada saudáveis, como a ansiedade. Pensando nisso, o Inter entrevistou, em seu perfil no Facebook, o médico psiquiatra Marco Antônio Pacheco, professor de medicina, coordenador do Núcleo de Neurociências da Faculdade e Chefe do Serviço de Psiquiatra da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), que recomendou algumas dicas para a torcida colorada e à sociedade gaúcha. Confira:
De acordo com Marco, a ansiedade é normal, desejável e saudável – desde que moderada. Ela funciona como um alarme, acionado quando nosso corpo se sente em perigo. Em tempos de pandemia, contudo, este alerta tem disparado em excesso, o que leva muitas pessoas a ficarem entregues a um quadro ansioso que, geralmente, tem como consequência o aparecimento de sintomas físicos. Destes, boa parte se confunde aos do coronavírus, característica que nos convence a achar que estamos contaminados.
Contra a ansiedade, Marco orienta a população a valorizar a respiração. Para tanto, o médico aconselha a procura por métodos de meditação, yoga ou oração, para os religiosos. A prática de exercícios físicos também é indicada, assim como evitar o excesso de informações e discussões em redes sociais. O que não significa, é claro, o isolamento completo de seus círculos de amigos. Pelo contrário, interações via telefone e rede sociais são mais do que estimuladas, da mesma forma que a consolidação de uma rotina que nos mantenha ativos. Por fim, o professor sugere que nos aprofundemos nas relações com nossos parentes próximos, estabelecendo laços ainda mais fortes com a família, e que, se possível, façamos nossa parte doando e ajudando os mais necessitados.
É possível, todavia, que, mesmo seguindo as dicas, você continue com uma ansiedade intensa, sentindo-se mal. Neste caso, o professor destaca que diversos psiquiatras, médicos e psicólogos gaúchos criaram um atendimento solidário remoto, pelo qual a população pode se cadastrar e ser devidamente atendida. Embora distantes, estaremos juntos na luta para superar esta fase complicada. Nada, nunca, vai nos separar!